segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Aí vou eu!!!

O futebol paulista está prestes a ver mais uma equipe mudando sua cede. Depois de vermos o Grêmio Barueri mudar para Presidente Prudente, o Votuporanga ir para Hortolândia e o Campinas mudar de cidade e nome, sendo atualmente conhecido por Esporte Clube Barueri, o próximo a acenar com a mudança é o Guaratinguetá.
O proprietário da Garça do Vale Sony Douer recebeu proposta da prefeitura de Americana, na região de Campinas, para transferir sua equipe e mandar seus jogos no tradicional estádio Décio Vitta, casa do Rio Branco.
As perguntas que voltam à tona são aquelas feitas quando da mudança do Grêmio Barueri para Prudente. Vale a pena? E a torcida como fica? O Brasil assimila mudanças neste formato?
Segundo informações da Gazeta Esportiva, o "lucro" que seria obtido por Sony seria equivalente a R$100 mil, valor irrisório para o mundo do futebol.
Respondendo às questões acima, não acredito que valha a mudança, o futebol brasileiro é fomentado por tradição e suporte local. O torcedor pode, num primeiro momento, até empurrar o time, como aconteceu em Prudente, mas o interesse acaba se os resultados não aparecem, fato experimentado na cidade do Oeste Paulista.
Além disso tudo, há ainda o fato do Brasil não estar acostumado a esse "estilo NBA" de mudanças de cidade-sede. Se lá ocorre rápida absorção local, cá as coisas são diferentes. O futebol nacional não é receptivo a tais alterações.
Ainda de acordo com a Gazeta, o valor de transferência de clubes de uma cidade a outra é de R$800 mil, valor baixo para o "mundo da bola" e facilmente conseguido em negociações de jogadores para o exterior. 
O presidente da Federação Paulista de Futebol Marco Polo Del Nero estuda o aumento da taxa de transferência de cidades, mas o fato é que o reajuste é anual e, caso o Guaratinguetá mude antes do final do ano, os valores serão os da tabela 2010 da FPF.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

"Habemus tecnicum"


Até que enfim um técnico é chamado para trabalhar na seleção sub-20 de futebol. Até outro dia desconhecidos povoavam as categorias de base do futebol tupiniquim, faziam trabalhos pífios e saiam com a passagem no currículo.
Agora perece que a CBF está um pouco mais “interessada” pelos futuros jogadores da seleção principal. Ney Franco foi o eleito para o cargo. A boa convivência com Mano Menezes, técnico da seleção principal, será fator preponderante para o intercâmbio de informações.
O regresso do mineiro à base não garante qualidade por si só, mas já é uma luz no fim do túnel. Para quem colecionava Toninho Barroso, Rogério Lourenço e tantos outros nos últimos anos, dessa vez a sub-20 conseguiu “um plus a mais”, como diria meu amigo Bruno Trivelatto.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Príncipe ou monstro?

Amigo corneteiro, provavelmente você já esteja sabendo do ocorrido ontem a noite na Vila Belmiro. Neymar bateu boca com Edu Dracena, o capitão do Santos, e com o técnico Dorival Junior. Esse foi o estopim, mas para entendermos a história completa é preciso voltarmos um pouco no tempo.
Lembra quando o Neymar, jogador destemido, catimbeiro, simulador, rei do drible, o novo príncipe do futebol canarinho, etc deu aquele chapéu com o jogo parado no Chicão, zagueiro do Corinthians, muita gente da imprensa tirou sarro, apoiou, disse que o garoto era irreverente. Há duas semanas, mais precisamente contra o Avaí, foi a vez de Marcinho Guerreiro tomar um lençol do projeto de craque. Novamente muita gente boa bateu palmas. Aí teve a negociação com o todo poderoso Chelsea que o Santos bateu o pé, etc, etc.
E sabe o que aconteceu? O ego do menino foi às nuvens. Acreditou que poderia fazer o que bem entendesse. Que não havia mais necessidade de subordinação e que ele era o dono do mundo.
No programa Bem, amigos! de segunda-feira, mais uma vez, babaram o ovo dele. Neymar isso, Neymar aquilo.O garoto "tá se achando", tá mascarado.
Na partida de ontem, quando o técnico Dorival Junior mandou trocar o batedor, tirou o pirulito da boca do craque, ele pirou. Achou que poderia bater o pé, fazer birra. Destratou o treinador, destratou os companheiros. Chegamos ao ponto do treinador do Atlético-GO René Simões dizer que passando a mão na cabeça de Neymar como vem sendo feito de que estariam criando um monstro.
Tá na hora da Diretoria Santista, do pai do atleta, do psicólogo ou de quem quer que seja, tomar uma atitude e por rédeas para que Neymar não se torne o mais novo garoto problema do futebol brasileiro. De príncipe a monstro talvez o caminho não seja tão distante.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Miura no topo, de novo

A noite desta segunda-feira consagrou mais uma vez o espanhol Rafael Nadal. Depois de interrupção na final do US Open no domingo em decorrência da chuva que caiu em Nova Iorque, o Miura castelhano despachou o sérvio Djokovic.
O resultado de vitória em mais um Grand Slam mostra que Nadal está um nível acima dos concorrrentes na parte física, além de sua técnica que dispensa comentários. O único tenista capaz de "bater de frente" com o atual número 1 é o suíço Roger Federer, mas este sequer chegou à final. Caiu nas semi-finais para o sérvio Djokovic.
No ranking divulgado ontem pela ATP, ainda sem contar o resultado da final do US Open, já mostra Nadal com  uma substancial diferença para o segundo colocado Djoko. O espanhol tem 12.025 pontos enquanto o sérvio possui 7.145. O terceiro colocado Roger Federer conquistou somente 6.735. 
Com a vitória em Flushing Meadows Nadal vai chegar a quase o dobro da pontuação do segundo e terceiro colocados juntos. Realmente a fase do touro é de se invejar.
No próximo final de semana, enquanto alguns jogadores estarão disputando a Copa Davis para seus países, outros vão ter o merecido descanso.
O circuito da ATP volta dia 20 deste mês com os torneios 250 de Bucareste e Marselha. 

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Você conhece o campeonato da LBFA?

A Liga Bauruense de Futebol Amador é a organizadora de um dos campeonatos "varzeanos" de maior tradição no Brasil.
Disputado desde 1931, quando o extinto time da Luzitana venceu o torneio, a liga amadora hoje conta com 52 equipes, divididas em primeira e segunda divisões. Até mesmo o centenário Noroeste já disputou o campeonato, conquistando-o em 9 oportunidades.
Os jogos são disputados nos finais de semana, sendo a segunda divisão jogada aos sábados e a primeira aos domingos. 
Os estádios distritais, com seus gramados mal-tratados e prevalecendo o famoso terrão da várzea, são os palcos para os jogos inter-bairros. E se você pensa que a rivalidade não existe, está redondamente enganado. No jargão amador "a chapa esquenta".
Quem ainda não teve o prazer de assistir a um jogo do "amadorzão" bauruense fique ligado. Além dos jogos nos estádios, você pode sintonizar a Rádio Bandeirantes, que faz a cobertura exclusiva do campeonato, pelo AM 1160 sempre aos domingos, à partir das 10:00 horas da manhã. Fica o convite.

Segue abaixo a lista de jogos e estádios para a rodada do final de semana:

Estádio “Horácio Alves Cunha” - Jardim Bela Vista
8h10 - Milan FC x Nacional AC
10h10 - Nobuji FC x Arsenal FC

Estádio “Nelson Reginato do Canto” - Jardim Redentor
8h10 - Petrópolis FC x Bauruense FC
10h10 - GR Nova Bauru x CF Barcelona

Estádio “Antônio Milagre Filho” - Vila Nova Esperança
8h10 - AE Ouro Verde x Roma FC
10h10 - AA Leão XIII x Jardim Vitória FC

Estádio “Toninho Guerreiro” - Núcleo Mary Dotta
8h10 - Expressinho FC x CA Parque das Nações
10h10 - Independência FC x Cometa Azul FC

Estádio “Édson Pereira Leite” - Vila Santista 
8h10 - SE Parque Real x Fortunato FC
10h10 - Rasi FC x Ipiranga FC

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Naming rights, será que vai colar?

Depois de lançado oficialmente, o novo estádio do Corinthians tem sido assunto recorrente nas mesas de bar. Além do fato inédito de o alvinegro ter, enfim, seu estádio e parar de alugar o Morumbi ou o Pacaembu, há um ponto que apimenta as discussões: o nome do estádio.
Corintianos mais fervorosos pedem que o nome remeta à história do clube. Fielzão ou Vincentão, em alusão ao lendário presidente Vicente Matheus, são outras opções que tem grande força. 
Na contra-mão das vozes populares, o vice de marketing Luís Paulo Rosembrg sempre diz que o nome da arena vai ser o da empresa que pagar para estampar sua marca na fachada e já tem até o preço que será pedido para tanto: R$300 milhões por 10 anos. Se o Corinthians conseguir tal valor será magnífico, mas segundo especialista do mercado é bastante difícil.
A única experiência de Arena futebolística que levou o nome de uma empresa foi a Kyocera Arena, no Atlético-PR, no período de 2006 a 2008. Mas o grande problema é que a mídia e seus interlocutarores dificilmente chamavam o estádio por esse nome. Era sempre Arena da Baixada. 
Se a direção corintiana conseguir entrar em acordo com os grandes veículos de mídia do Brasil (leia-se TV Globo, TV Bandeirantes, Estadão e Folha) para que o naming rights seja falado sempre que for feita referência ao estádio o valor pode se aproximar do pretendido, caso contrário será muito complicado chegar a metade.
Caso você, amigo corneteiro, queira ler mais sobre o assunto recomendo os seguintes links com matérias de Fábio Kadow, do Jogo de Negócios, e Rodrigo Capelo, do Máquina do Esporte : 
http://jogodenegocios.blog.terra.com.br/2010/09/06/naming-rights-no-futebol-brasileiro-funciona/
http://www.maquinadoesporte.com.br/i/noticias/marketing/17/17667/Sem-historico-naming-rights-geram-duvidas-no-Brasil/index.php

sábado, 4 de setembro de 2010

Centenários de Noroeste e Corinthians

Programa Observatório do Esporte da Unesp FM gravado na última sexta-feira tratando dos centenários do Noroeste e do Corinthians. 


Observatório do Esporte - Unesp FM - 03/09


Apresentadores: Bruno Trivelatto e Andressa Borzilo
Comentaristas: Tuca Américo e Zeca Marques
Produção: João Paulo Benini, Fernando Trindade, Matheus Orlando, Karla Torralba e Caio Casagrande
Direção: Fábio Fleury e Silvestre Oliveira


Agradecimento especial: Alex Sabino

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ele pode?

A noite desta quinta-feira marcou a primeira vitória de Sérgio Baresi no comando do São Paulo, mesmo que de forma interina, como não cansam de falar os cardeais do Morumbi. Mas o fato que saiu do script foi a interferência de Rogério Ceni, o grande capitão, nas mexidas do time.
Para quem ainda não sabe, RC ordenou a entrada de Cléber Santana no final da partida. É isso mesmo. Rogério mandou CS entrar no time, não foi o técnico Baresi. Um ato claro em que o capitão passou por cima do treinador.
Rogério tem mais moral que o presidente no Morumbi. Fazer uma SACANAGEM dessa com uma pessoa que, pelo menos até se prove em contrário, tem bom relacionamento com o ídolo maior do clube, trabalha direito nas categorias de base e se esforça a cada dia para melhorar o time de chinelinhos do SP é coisa de moleque mimado.
Se Rogério está insatisfeito com seus companheiros de elenco, uns que estão fazendo corpo mole e outros que estão na balada paulistana, não deve descontar em cima de um treinador que está começando na carreira.
O capitão tem muita moral, mas mandou muito mal nesse episódio.
O que o amigo corneteiro achou da atitude de Rogério Ceni?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Série Corinthians 100 anos - Wladimir

Wladimir, 805 jogos pelo Corinthians

Série Corinthians 100 anos - Zé Maria


Zé Maria, o Super Zé da Fiel

Série Corinthians 100 anos - Basílio

Basílio, o pé de anjo da fiel torcida

Corinthians minha vida, minha história, meu amor


O dia 1º de setembro nunca mais foi o mesmo depois que o Corinthians foi fundado. Sob a luz do lampião o povo se uniu em volta de uma nova paixão. Nascia ali o time do povo, o coringão.

O tempo foi passando e os primeiros títulos chegando. Os ídolos lutando, esbanjando raça e determinação sob a égide do manto alvi-negro.

O ano de 1954 dá ao Corinthians seu título de maior importância até então, o quarto centenário. Luizinho e cia sob o comando do mestre Oswaldo Brandão vencem o torneio mais cobiçado daquela década. Mas o que seria o apogeu marca o início de seu período de maior escassez.

A fila começava. Nem mesmo o título dividido do Rio-São Paulo de 1966 diminuiu a pressão. Junto à fila ainda existia o tabu frente ao Santos de Pelé. Mas Paulo Borges apareceu. Marcou o gol e pôs fim ao maior período que o Corinthians ficou sem vencer um rival direto. Enfim Pelé e cia. Perdiam um jogo para o Time do Povo. Caia o tabu contra o Santos, mas a seca de títulos se mantinha.

A chegada dos anos 70 começou com um alento. Rivellino, o Reizinho do Parque, era campeão do mundo no México. Tudo dava a entender que a época de “vacas magras” estava perto do fim.

Os times dos anos 70 iam melhorando. Super Zé Maria chegou da Portuguesa, Wladimir subiu para os profissionais. Geraldão também chegou.

O ano era 1974, quase tudo pronto para o fim do jejum. Na final do Paulistão contra o Palmeiras o time corintiano era melhor. Seria a consagração de Rivellino com a camisa do timão, mas não. Deu tudo errado. O Corinthians perdeu a taça e seu principal jogador. Rivellino saiu do timão para o Fluminense.

Em 1976 nova chance do fim da seca. O time era bom. Na semifinal contra o Fluminense de seu antigo ídolo. O dia era 5 de dezembro. O dia da invasão. Mais de 70 mil corintianos foram ao Rio de Janeiro para empurrar o timão à final do campeonato brasileiro. 1 a 1 no tempo normal. Nos pênaltis 4 a 1 pro time de Parque São Jorge. A grande final seria contra o Internacional. O time colorado era uma máquina. Não teve jeito. A fila continuaria por mais um ano.

De 1977 não poderia passar. No gol o gigante Tobias. Os melhores laterais do país vestiam o manto alvinegro. Zé Maria e Wladimir estavam voando. Na meiuca o esforçado Ruço, o incansável Givanildo, Palhinha. No ataque Waguinho. Mas o predestinado era outro. O pé de anjo Basílio. Da casa Verde para o Tatuapé. Do anonimato ao posto de ídolo de um povo. A Ponte Preta estava loca para engrossar. O time campineiro era superior. Mas a raça e o conselho certeiro de Oswaldo Brandão, o mesmo treinador de 1954: “Neguinho, vamos vencer por 1 a 0 e você vai fazer o gol do título”. Dito e feito. Basílio pegou o rebote do salseiro na área e estufou as redes do goleiro Carlos. O povo entrou em êxtase. 23 anos depois o time do povo voltava a conquistar uma taça.

Em 1979 um novo líder chega ao Parque São Jorge. Vindo da Califórnia brasileira, Dr. Sócrates chegou para marcar a história do clube e do país.

As mudanças efetuadas dentro da administração da Fazendinha começaram em 1981. Era o início da Democracia Corintiana. Capitaneados pelo doutor da bola, os companheiros Casagrande e Wladimir lutaram ao lado de Osmar Santos e Rita Lee para que o Brasil voltasse a ser democrático.

Os anos 90 começaram com mais conquistas. O excêntrico Ronaldo, Marcelo Djian na zaga, a força de Wilson Mano no meio-campo. Neto, o dono do time. Tupãzinho, o talismã da fiel. A final contra o São Paulo. O gol de Tupãzinho, bola dividida, na raça, na fé. O time do povo conquistara o Brasil pela primeira vez.

Em 95 a dobradinha. Com Marcelinho endiabrado e fazendo gols de tudo quanto era lugar. Paulistão e Copa do Brasil.

Depois de idas e vindas em 98 o Corinthians começa a montar um novo esquadrão. Chegam Gamarra, Edílson, Dida, Ricardinho, vampeta e Rincón. O Corinthians tinha um time do tamanho de sua torcida. Na final contra o Cruzeiro batalhas épicas foram travadas. No apito do juiz a faixa estampava o peito do proletário. Mesmo time, mesmo campeonato, mas o calendário tinha mudado. Com a mesma base do ano anterior o Corinthians conquista o Bicampeonato brasileiro. A única decepção foi a perda para o rival Palmeiras na Libertadores.

Mas a redenção estava por vir. O primeiro mundial de clubes da FIFA seria no Brasil. O Corinthians era presença garantida. Na final contra o Vasco o título veio nas penalidades. O mundo era corintiano.

Entre altos e baixos o time chega a 2010 cada vez mais fortalecido. A torcida é, antes de mais nada, o pão de cada dia que alimenta a equipe e dá forças para ir a campo defender as cores alvinegras.

Corinthians, o time de uma torcida. O time do povo, o coringão.